Copa ATC de Tênis tem recorde de atletas mulheres

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Marcelo Oliveira (Especial)
Gabriela Vianna Sé (à dir.) foi a campeã 1ª Classe Feminino da Copa ATC de Tênis

Pouco antes do meio-dia de ontem, a porto-alegrense Gabriela Vianna Sé, 28 anos, já se consagrava a campeã da 1ª Classe Feminino da Copa ATC de Tênis 2021. A atleta WTA é também a número 2 do Brasil na categoria e comemorou a vitória depois de cerca de duas horas de jogo.

- Pra mim, que sou atleta profissional e disputo bastante no exterior é muito legal competir dentro do Estado. Fiquei muito tempo sem vir para Santa Maria e é um privilégio jogar aqui, no clube tem muita tradição no tênis. Joguei muito aqui na minha infância e voltar aqui foi nostálgico. Também é muito importante elevar o valor da premiação e valorizar os atletas independente do gênero - comentou Gabriela, assim que deixou a quadra.

Por volta das 15h30min, foi a vez de Guilherme Clezar, 29 anos, comemorar a vitória na 1ª Classe Masculino, ao vencer Eduardo Ribeiro.

RECORDE
Em três dias, da última sexta-feira até ontem à tarde, 326 competidores de tênis disputaram o torneio, sendo 272 competidores masculinos e 54 atletas femininas - um recorde de meninas e mulheres inscritas na história da Copa ATC de Tênis e pela primeira vez destinando mesmo valor do prêmio principal à categoria masculina e feminina.

- Depois de muitos anos batalhando, a premiação de primeiro lugar é igual a masculina. O reflexo é de bastante meninas participando, o que incentiva e motiva - acrescentou a vice-campeã da 1ª Classe, Raquel de Martini, 29 anos.

Em 2018, uma reportagem especial do Diário sobre representatividade feminina no esporte mostrou a polêmica da Copa Docelina, também promovida pelo ATC, e que naquele ano, destinou para o 1º lugar masculino o prêmio de R$ 7 mil, enquanto para o prêmio para o 1ª lugar feminino foi de R$ 250.

A competição foi válida como a 4ª etapa do Super Tênis RS. Ao longo do torneio, disputaram 27 categorias entre 10 e 60 anos de diversos Estados do Brasil, além de representantes da Argentina e Uruguai.

A premiação total foi de R$ 16,5 mil. Os campeões da 1ª Classe Masculino e Feminino receberam R$ 4mil, os vices R$ 2 mil e o terceiro lugar R$ 500. Também teve prêmio para 2ª Classe Masculino, sendo R$ 450 para o campeão e R$ 250 para o vice. Na categoria 35 A Masculino, o campeão recebeu R$ 1,2 mil e o vice R$ 600.

Presença feminina no esporte cresce, mas preconceito não reduz

A santa-mariense Ana Laura Amarante da Cruz, 12 anos, que já figurou as páginas do Diário é atleta do projeto social Tênis no Bairro, do ATC, acumulou mais uma vitória no currículo. Ela jogou em uma categoria acima da sua - 16 anos feminino - e ficou com o primeiro lugar.

Em julho deste ano, Ana que, atualmente, ela é a número 1 do Brasil na categoria 12 anos feminino tornou-se também campeã sul-americana integrando o Time Brasil BRB, que representou o país na disputa em Lima, Peru.

AS CLASSES
Todos os tenistas federados, a partir do momento que começam a disputar jogos de campeonatos, são qualificados de acordo com seu nível em uma categoria técnica chamada de "classe". As classes masculinas vão da 1ª até a 5ª e começam na principiante.

Enquanto as femininas se dividem em 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e principiante. As classes são definidas pelos pontos que o atleta acumula associadas a rankings, números de jogos por torneio, vitórias entre outros aspectos. A cada ano, a média entre os pontos é feita podendo haver promoção, rebaixamento ou permanência de uma classe.

Confira os vencedores

1ª Classe Feminino